03 May 2019 04:27
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<h1>De Aulas Livres A Doutorado: Entenda que Tipo De Curso A Distância é Por você</h1>
<p>O brasileiro é racista e privilegia candidatos brancos ao votar. Políticos corruptos se mantêm no poder pelo motivo de o eleitor é ignorante. Quem recebe Bolsa Família é conivente com o governo. ONGs são um ralo de dinheiro público no Brasil. A julgar pelos estudos de duas adolescentes pesquisadoras brasileiras em ciência política, não.</p>
<p>Natália Bueno e Nara Pavão, ambas de trinta e dois anos, se revelam no meio acadêmico no exterior com pesquisas robustas que desmistificam chavões da política brasileira que alimentam debates em mídias sociais e discussões de botequim. Direita Ou Esquerda? de Esbelto Horizonte (MG), Natália faz doutorado em Yale (Estados unidos), uma das principais universidades do universo.</p>
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<li>Exigência de um novo perfil profissional cada vez mais qualificado</li>
<li>17/04 - Onde a Terra Acaba (Direção: Sergio Machado, Brasil, 2001, 75 minutos)</li>
<li>Escolha uma entidade pensando em diferentes perspectivas</li>
<li>4/10 (Ken Funakoshi/Flickr/Creative Commons)</li>
<li>sete Professores inesquecíveis</li>
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<p>Em pouco mais de oito anos de carreira, acumula 13 distinções acadêmicas, entre prêmios e bolsas. A pernambucana Nara é pesquisadora de pós-doutorado na Escola Vanderbilt (EUA). Os dez Melhores Vídeos De Suspense Para Oferecer Nó Na sua Cabeça (Notre Dame, Estados unidos), dois mestrados em ciência política (Notre Dame e USP), dezesseis distinções. Em comum, além da amizade e da paixão na ciência política, está o interesse das duas em passar a limpo "verdades absolutas" a respeito corrupção, posicionamento do eleitor e políticas públicas no Brasil. O Brasil é um país de desigualdades raciais - no mercado de serviço, no acesso à educação e à saúde.</p>
<p>Atraída pelo conteúdo desde a graduação, Natália Bueno verificou se isso acontece assim como pela representação política. O primeiro passo foi confirmar o que o senso comum de imediato sugeria: há, proporcionalmente, mais brancos eleitos do que na população, e os negros são subrepresentados. E como a diferença foi mínima pela comparação entre população e o grupo dos candidatos que não se elegeram, a conclusão mais rasteira seria: o brasileiro é racista e privilegia brancos ao votar.</p>
<p>Para tentar checar essa charada de forma científica, Natália montou um megaexperimento em parceria com Thad Dunning, da Universidade da Califórnia (Berkeley). Selecionou 8 atores (quatro brancos e quatro negros), que gravaram um trecho similar ao horário eleitoral. Expôs 1.Duzentos pessoas a essas mensagens, que só variavam no quesito raça. Repercussão: candidatos brancos não tiveram melhor avaliação nem respondentes privilegiaram concorrentes da própria raça nas possibilidades.</p>
<p>Mas se a discrepância entre população e eleitos é real, onde está a resposta? No dinheiro, concluiu Natália - ela descobriu que candidatos brancos são mais ricos e recebem fatia maior da verba pública distribuída por partidos e bem como das doações privadas. 650 1 mil a mais em patrimônio pessoal do que os perdedores.</p>
<p>369 1000 a mais em contribuições de campanha do que não brancos. Corruptos estão no poder por que o eleitor é ignorante? A corrupção é um tópico central no debate político atual no Brasil. E se tantos brasileiros percebem a corrupção como problema (98% da população pensa sendo assim, segundo procura de 2014), porque tantos políticos corruptos continuam no poder?</p>
<p>Vários estudos neste instante mostraram que a falta de informação política é comum entre a população, e que o eleitor costuma fazer uma troca: ignora a corrupção quando, tendo como exemplo, a economia vai bem. Consequência: o principal fator que torna os eleitores brasileiros tolerantes à corrupção é a crença de que a corrupção é generalizada.</p>
<p>Nara, para quem o Brasil está aprisionado numa espécie de armadilha da corrupção: quão superior é a compreensão do problema, menos as eleições servem para resolvê-lo. Quem recebe Bolsa Família não critica o governo? O programa Bolsa Família beneficia quase 50 milhões de pessoas e é uma das principais bandeiras das gestões do PT no Planalto.</p>